sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sala.

Estavas no sofá deitado
observando a minha dança
de loucura.
E como quem é amado,
de amar não cansa,
derretias-te com a minha tez escura.

Pedias-me para não pararde balançaro meu corpo frágil.
Pedia-te para não cansares
de me olhar,
de me devorar
com os olhos.

Trincavas o lábio como para chamar por mim,
e eu respondia com um sorriso
daqueles que não têm fim.
Mas o meu vestido vermelho
era demasiado tentador,
e tu, como que um espelho
proclamavas e recitavas
palavras de amor.

Chamavas-me com a doçura
e simplicidade da tua voz.E eu, como poderia resistir e ignorar isso, se tudo o que estava na minha cabeça
era o fruto de nós?

Por entre toques e beijos,
risos e gargalhadas,
incendiá-mos e fervemos o chão,
sabendo que as memórias vividasiriam , jamais, ser apagadas.



Alexandra Mendes

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