segunda-feira, 20 de julho de 2009

Preguiça aguda.

Tenho as mãos frias
e começo a engolir ar.
Sei que provavelmente me levanto
mas para quê tentar?

Eu quero é ficar deitada na relva,
a ouvir os rujidos dos animais
ferozes da selva.
Quero fixar tudo na minha memória,
para que este episódio não se repita,
jamais, na minha história.

Sim, já começo a revoltar-me contra tudo,
e sei que sempre que resmungo não tenho razão.
Mas não é culpa minha.
A culpa é desta invasão.

Grito, e canso-me, e desapareço.
Afinal, sou quem sou,
e o paraíso, esse eu sei
que mereço.

Alexandra Mendes

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