domingo, 28 de fevereiro de 2010

Quanto os porcos voarem

Quando a lava começar a dançar
pelos mosaicos da calçada,
e quando os rios se começarem a rir
como uma humana gargalhada,
aí podes lamuriar-te
e dares-te de coitada.

Seja rocha podre me bata na água,
ou onda de maré que enrole na areia,
guarda num frasco essa tua mágoa
que aqui essa falsidade
não passa por sereia!

Se me culpas dos terramotos
e me fazes monstro de cinema,
então minha cara, larga as fotos,
larga as cartas.
Segue, arranja outro tema.

Alexandra Mendes

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