é necessário um abraço,
então para travar a trovoada
é preciso mais um pedaço.
Um beijo.
Sim.
Um beijo de algodão
que contenha o sol de inverno.
Um beijo capaz de levar
o fogo ao céu, e as nuvens ao inferno.
Mas se para viajar
é preciso um barco,
e uma vela,
para ser abelha
é preciso ter ferrão,
ser amarela
e zumbir.
E então, para ser poeta
seria preciso cair
e chorar, e rir,
e cantar,
tudo a fingir.
Alexandra Mendes
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